quinta-feira, fevereiro 19, 2015

Diversidade de ouriços-do-mar na Bacia Lusitânica durante o Mesozóico



Neste novo artigo liderado por Bruno Pereira (Univ. de Bristol + Univ. Nova de Lisboa) publicado na revista Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology, foi compilada a curva de diversidade de ouriços de mar (equinóide) para o Mesozóico da Bacia Lusitânica, Portugal. O sinal de diversidade foi testado tendo em consideração as rochas e factores ambientais. Entre as variáveis ​​testadas, a variação de fácies combinada com área de afloramento fornece a melhor correlação com a diversidade. Factores ambientais parecem ter tido qualquer influência na diversidade.


Equinoderme do Jurássico Superior de Portugal

Resumo
Várias análises sobre a evolução da diversidade ao longo do tempo geológico usam bases de dados sinóticos globais. Esta prática torna muitas vezes difícil distinguir verdadeiras mudanças na diversidade de artefactos de amostragem e/ou artefactos geológicos regionais. Aqui investigamos como a diversidade de equinóides mudou durante o Mesozóico da Bacia Lusitânica, em Portugal, com base numa base de dados abrangente e revista, e procurando distinguir o sinal biológico de constrangimentos geológicos ou ambientais. O padrão de diversidade observada está longe de ter uma tendência definida, mostrando muitas flutuações que parecem estar ligadas a lacunas no registo geológico. Este estudo revelou que, independentemente do método utilizado, se testes de correlação ou modelação linear, o sinal de diversidade não é totalmente explicado pelos métodos de amostragem estudados. Entre as diferentes aproximações, a variação das facies marinhas em combinação com área de afloramento melhor explicam a curva paleodiversidade.



Highlights

We compiled the Mesozoic echinoid diversity curve, from the Lusitanian Basin, Portugal.
The diversity signal was tested against rock and environmental proxies.
The facies variation combined with outcrop area provided the best approximation to diversity, between the variables tested.
Environmental proxies seem to have had no influence on diversity.
The results provide evidences for both the megabias and the common-cause hypotheses.

Abstract
Several analyses of diversity through geological time use global, synoptic databases, and this practice often makes it difficult to distinguish true signals in changing diversity from regional-scale sampling and/or geological artefacts. Here we investigate how echinoid diversity changed through the Mesozoic of the Lusitanian basin in Portugal based on a comprehensive, revised database, and seek to distinguish biological signal from geological or environmental constraints. The observed diversity pattern is far from having a defined trend, showing many fluctuations that appear to be linked with gaps in the geological record. This study revealed that, independently of the method used, whether correlation tests or model fitting, the diversity signal is not completely explained by the studied sampling proxies. Among the different proxies, marine facies variation in combination with outcrop area best explains the palaeodiversity curve.



Referência
Pereira, B. M. C., Benton M. J., Ruta M., & Mateus O. (2015). Mesozoic echinoid diversity in Portugal: investigating fossil record quality and environmental constraints on a regional scale. Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology.

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